quinta-feira, 29 de julho de 2010

Marmotagem – [Resp] [Resp] [FW] [Resp] [FW] [FW] URGENTE: REPASSE ISTO A 789465451123 PESSOAS NOS PRÓXIMOS 60 SEGUNDOS OU PEGARÁ 3 DP!!!

Olá queridos leitores do VdU, sejam bem vindos ao décimo Marmotagem. No post de hoje tentarei esboçar uma crítica a um mal que todos nós temos contato direto durante toda a vida, com isso suportá-lo mais facilmente e tentar evitar que nós mesmos o pratiquemos (Não são as correntes de e-mail, mas estão inclusas). O mal da inconveniência.

Inconveniência

s. f.

1. Falta de conveniência.

2. Qualidade de inconveniente.

3. Acção!Ação ou expressão contrária às conveniências sociais; grosseria.

Parece fácil perceber que é algo totalmente indesejável não? Então surge a primeira objeção: Porque raios alguém busca freneticamente a inconveniência? Porque raios não são poucos? (muito pelo contrário, são muitos) Para que fique mais claro, observe no seu ciclo de amizades ou pouco além e com certeza encontrará alguns espécimes praticantes desta abominável prática (sim, isso pode causar algum trauma). Se você fuma, já te pediram cigarro e em seguida o isqueiro? Já pediram um gole do seu Yakult ou um pedaço do seu Batom? Já foi ao cinema e encontrou um lindo bebê chorando no colo de uma contente mãe ou de um orgulhoso pai. E um dos mais clássicos exemplos (lá vem), para os fudidos a parcela que necessita de transporte coletivo, quando têm pessoas para lotar 17 ônibus, surge no horizonte (entenda catraca) alguém que pede gentilmente (ironia) licença, pois precisa descer no próximo ponto (own, que fofo).

O mais revoltante é que, em meio a tantos praticantes da referida arte, quem fica indignado com tais ações acaba parecendo inconveniente (eu pareço inconveniente?). Por acaso é uma conveniência social agir contra as conveniências sociais? (ahá, peguei)

Uma boa forma de se resolver tal problema é a regra de ouro. Jamais faça a outro o que não deseja a você. Imagine que bom seria se sempre que alguém que você nunca viu na vida se aproximasse de você e das pessoas com quem você está conversando para fazer um comentário idiota indiscreto pensasse assim? (simplesmente não haveria freetalkers) Parece até utópico.

Existem outras formas de se combater a inconveniência, até porque ela nem sempre é involuntária, pré-requisito para que a regra de ouro seja aplicada. Particularmente, eu nunca vi uma forma de se combater a inconveniência proposital dar certo (embora seja bem engraçado), mas boas tentativas eu já pude observar no “chumbo trocado”, se é que me entendem. Nosso amigo Schopenhauer fala que o indiscreto não tem direito à verdade, então, concordando com ele e aplicando ao inconveniente justifica-se o que acabo de dizer (ou não).

Se eu fosse dar um conselho seria o distanciamento (o mais rápido possível) ou a paciência (somente para os quase monges), entretanto não creio que seria uma forma de “combater” a inconveniência, mas de resisti-la.

É isso aí pessoal, encerro assim esta Marmotagem sem sentido como sempre e estarei esperando por comentários, reclamações, objeções e etc...

Uma bela semana a todos...

...aquele abraço...

...Marmota.



segunda-feira, 26 de julho de 2010

Parte III - Conte comigo

Um pouco mais calmo, colocou uma roupa toda preta sem estampa, tênis também preto e decidiu dar uma volta. Após fechar toda a casa encarou o sol, que parecia o encarar de volta e revoltado por sinal, o que o fez titubear se seria uma boa idéia sair de preto naquele sol. Cruzou o quintal asfaltado e foi até a casa do cachorro acordá-lo. Um dálmata enorme e atlético, porém somente o tamanho do animal assustava, tinha olhos de quem não faria mal a uma mosca. Ainda do lado de dentro do quintal pensou se seria uma boa idéia sair, cogitava a possibilidade de uma chuva. Acabou por decidir ir de qualquer forma, fechou o portão e passou o cadeado rumando para um lado qualquer.
A rua era praticamente plana, com casas de ambos os lados e alguns estabelecimentos comerciais pequenos. Assim como a sua, as demais casas pareciam muito mais bonitas por fora do que por dentro, porém as outras estavam cheias de pessoas, muitas delas crianças brincando no quintal. Andou a esmo até ver uma criança de cabelos dourados distraída com algumas bonecas. Ela estava com um vestido vermelho e rosa e uns enfeites de várias cores nos cabelos. O rapaz não se lembrava direito da menina de seu pesadelo, mas a semelhança parecia extremamente clara para ele. Ouvia alguém chamando a garota para dentro, uma voz masculina, outra lembrança de seu pesadelo, seu corpo ficou gelado, suas pernas não se moviam, suas mãos tremiam como se estivessem sendo eletrocutadas. Involuntariamente mostrou um semblante de espanto inegável.
- Ah moleque, sabia que você ia mudar de idéia! – A voz do seu amigo quebrou a tensão da situação e ele conseguiu voltar a si.
- N... Não... Tom... Olha... Eu não... – Tentava articular uma frase sem êxito encarando seu amigo. Thomas era um rapaz do mesmo porte físico dele, magro, de média estatura, mas tinha a pele parda. Seu rosto era largo e tinha cabelos curtos, loiros feito topete. Olhos claros como os do amigo, mas sem as olheiras. Embora fosse um rapaz que gostasse muito de sair, gostava também do descanso após a saída.
- Sem desculpa! A propósito, não disse que você tem escolha. – Sorriu para o rapaz balançando as chaves do carro do seu pai, carro esse que ele queria há muito dirigir.
- Ah, Tom! Isso é covardia meu! – Exclamou o rapaz abraçando o amigo às risadas.
A casa de Thomas não era muito longe dali, ele havia trazido apenas as chaves para convencer o amigo, o carro ainda estava em sua casa. Foram a pé conversando sobre o churrasco e o programa no parque aquático logo depois, algo que poderia ser extremamente perigoso para o garoto, mas agora já estava decidido, não pensaria antes de nada acontecer.
Quase chegando ao local onde estava acontecendo o churrasco Thomas se virou para o amigo e perguntou:
- Mas e daí, porque você tava fazendo doce pra vir? – Sorriu enquanto finalmente dava as chaves do carro para o amigo.
- Não sei nem por onde começar, e é capaz de nem dar tempo até chegarmos na sua casa. – Tentou disfarçar o rapaz estendendo o braço para pegar as chaves.
- Nananinanão. Pode tratar de contar! – Exclamou Thomas puxando as chaves de volta e abandonando o sorriso.
- Olha, eu sei que é inútil tentar mentir, mas eu não sei mesmo o que aconteceu. – Olhou para o chão e depois se virou de costas para o amigo. – Eu tive aquele bendito pesadelo de novo, e aconteceu tudo como das outras vezes, mas quando eu entrei no chuveiro pra tomar banho eu vi uma coisa estranha e a água me machuca como se fosse ácido. – Terminou a frase sem demonstrar nenhuma outra reação.
- Como assim a água te machuca como se fosse ácido? – Perguntou aos gritos, totalmente incrédulo, puxando o rapaz para que se virasse de frente.
- Para com isso Tom, eu to falando pra você isso, não pra todo mundo! – Advertiu o rapaz com a voz um pouco alterada já de frente com Thomas. – Vamos comigo ali na padaria rapidinho... – Disse enquanto caminhava na direção da padaria com certa pressa.
Chegando à padaria, passando pela porta da esquerda, a que ficava mais próxima das geladeiras de bebidas, o jovem dirigiu-se até a geladeira do meio pegando uma garrafa pequena de água e, logo em seguida, dirigiu-se até o lado oposto, no balcão, por sua vez, a direita da porta da direita, cercado por três freezers de sorvetes. Thomas, enquanto escolhia um sorvete, parecia não entender o que o amigo pretendia, seguindo para a fila logo em seguida, sem dizer uma palavra.
Do lado de fora da padaria, atrás da mureta lateral, na calçada, após observar se alguém estava passando por ali, o garoto abriu a garrafa d’água olhando nos olhos de Thomas.
- Assim, acredito eu, é a melhor forma de te explicar... – Disse enquanto virava a garrafa derrubando água sobre a mão esquerda.
- Olha aqui, ácido já teria derr... – Falou Thomas até ser interrompido pelo efeito que a água começava a causar na mão de seu amigo. Espantado, tentava articular alguma pergunta, mas não conseguia sequer proferir uma só palavra.
- Mas olha só... – Olhando para o amigo e mostrando a mão sem derramar mais água, esperando que as feridas se fechassem. – Pelo menos algo de bom. – Sorriu de forma singela sem esconder a tristeza dos olhos.
Thomas andava de um lado para o outro olhando para cima e para baixo o tempo todo, às vezes olhando para o amigo apontando a mão, mas não saia palavra alguma. O rapaz, por sua vez, estava estático segurando a garrafa d’água que continha pouco menos da metade ainda.
- Leon, o que foi que você fez? Com quem se meteu? Você ta mexendo com bruxaria? – Olhando para o amigo ainda com cara de espanto, caminhando em sua direção.
- Não. – Escorou o pé direito na mureta e ajeitou os cabelos para trás enquanto olhava para o céu. – Leonardo, por favor. – Sem alterar a expressão.
- Ah, que seja. Tá. Precisamos dar um jeito nisso. – Sugeriu Thomas passando a mão direita sobre a cabeça delatando sua tensão. – Já pensou em alguma coisa? – Indagou Thomas, olhando para seu amigo com os olhos avermelhados.
- Sim, não vou ficar prevendo minhas ações. Depende demais de como cada coisa vai acontecer. Nas horas em que eu precisar pensar em algo eu penso. – Voltou o rosto na direção de Thomas enquanto dizia como se tivesse acabado de tirar um fardo das costas.
- É. Fazer o que né, seja lá o que for isso, conte comigo cara! – Abraçou o amigo e logo depois foram para o churrasco.

Conto de Universitário

Bom dia, boa tarde, boa noite. Bom pessoal nosso amigo O Estudante continua escrevendo esse conto dele e, como prometido, irei postar aqui no blog ao menos uma parte por mês. É bem verdade que ficamos esses longos três meses fora do ar, entretanto agora voltamos (ao menos nós) com tudo e tentaremos às últimas conseqüências manter nossa palavra para tentar retribuir o prestígio de vocês que visitam nosso espaço. Sem mais delongas fiquem com mais uma parte do conto (ainda sem nome) no nosso amigo O Estudante.

Um abraço a todos e até logo...

...VdU!