Olá caros e carentes leitores assíduos e órfãos de blog que ainda insistem em dar uma passada no humilde espaço do Vida de Universitário. É com certo pesar que anuncio a minha volta após tanto tempo no abandono do blog, entretanto estou mais disposto que antes, não que isso mude alguma coisa, mas quem sabe eu não comece, enfim, postar com mais freqüência. Não farei mais promessas de “isso não irá mais acontecer” e nem ficar pedindo desculpas exageradas. Vocês já sabem que eu bem que tento, mas as idéias simplesmente parecem não vir às vezes. Às vezes.
Ontem a noite estava falando com um amigo e possível futuro colaborador do VdU e ele sugeriu algo interessante. Já que minha criatividade sempre está a pino e ainda assim quase nunca tenho assunto, ele me sugeriu postar uma história, mas não como a do Conto de Universitário ou Divinária, algo “one shot”, como um filme desses de sessão da tarde que não tem continuação, começa no nada e termina em lugar algum. Bom, tentarei...
Imaginemos uma cidade grande, como por exemplo, Londres. Uma grande cidade. Não, acho que me enrolaria demais tratando de uma cidade tão grande assim. Imaginemos então uma cidade fictícia que seja o diminutivo dessa primeira.
Pode ser Pequena Londres, no caso. Imaginemos pessoas que falam orgulhosas dos homens que ocupam cargos importantes na política dessa cidade, por causa deles essa cidade cresceu muito, foi muito bem planejada, não falta nada nessa cidade, sempre há vagas nos hospitais, a segurança é impecável, há lazer gratuito e de qualidade para os moradores...
Não, não, eu já havia dito que a cidade era pequena. Por mais que há gente que pense grande na cidade, pra que ela não tenha crescido algo grave deve ter acontecido, como por exemplo, um possível grande roubo na cidade. Mas ainda assim, um roubo apenas não teria causado um atraso significativo pra essa cidade. Digamos que tenha ocorrido três vezes. Supostamente. E esse grande roubo teria acontecido com o consentimento de muitos moradores. O possível acordo teria sido: O ladrão roubaria muito de todos e destinaria uma parcela para construir algo para que alguns disputassem. Prefeito, digo, perfeito. Assim, os próprios moradores pediriam para ser roubados, uma vez que teriam resultados provenientes do ladrão. “Ora, ele rouba, mas faz!”
Tá, e depois disso? Digamos que por lei, uma lei da Natureza, as pessoas não poderiam ser enganadas por si próprias por mais de 12 anos (Que bom se isso fosse verdade). Parece justo. E então, na frente de todos os habitantes, o antigo ladrão diz: Olhem esse rapaz, ele é meu filho, e continuará a fazer o que eu fazia. É para ele que vocês devem entregar o seu dinheiro em troca de disputa por algumas coisas que ele construir com uma parte.
E a torcida vibra! (Que pena)
Mas este novo ladrão quer inovar. Precisa aparecer. Entrar para a história. E faz melhor, ele passa “arrecadando” o dinheiro de toda a população da Pequena Londres, e sabe o que ele faz com uma parcela? Paga tratores para destruir o que o antigo havia construído. Mercadores perdem suas tendas na grande calçada por não se enquadrarem em normas esquecidas desde a era antiga (Quanta coerência). Ele se recusa a aceitar o dinheiro de certas pessoas que escreverem seus nomes em um tamanho muito grande acima de suas casas. E as pessoas trocam. Colocam nomes pequenos. Alguns deixam sem. E afinal, o que as pessoas guardam atrás de seus nomes?
Enfim, a Pequena Londres foi se tornando uma cidade fantasma, assustadora para quem vem de fora e terrível para quem é de dentro (Que dramatizada). Mas nem sempre foi assim. Não precisava ser assim.
Agora um ponto interessante. Das colinas Celtas, surge um grupo de heróis empunhando seus instrumentos suas armas para tentar salvar a cidade pela qual tem grande apreço. Eles invadem a cidade fantasma, convocam a população para a praça central para o grande embate... que não acontece. O novo grande ladrão, invocando os poderes das mais retrógradas e obsoletas leis magias obscuras, impede os heróis de combater. Clérigos poderiam vencer estas poderosas magias, mas no grupo dos heróis só havia bardos. E eles não estavam a fim de fazer a população dar mais dinheiro a ele. O que será que ele faria com mais uma parcela a ser destinada na destruição da Pequena Londres? Vandalizaria todos os ônibus todas as carruagens???
Bom, como prometido, a história acaba assim, quase como começou. Só o que podemos eles podem fazer é esperar por mais algumas eras até que a ditadura da maioria decida quem será o próximo a ocupar o lugar do neto do rival do Jack Sparrow (Minha nossa, essa foi horrível).
Uma excelente semana para todos vocês...
...um grande abraço...
Marmota!
fico muito bom , muito bom mesmo...
ResponderExcluirTudo isso fora criado supostamente para organizar o caos, porém ao caos retornamos, sem que haja uma reação...Infelizmente a consciencia do superior ( aquele que pensa) sempre se nivela a consciencia inferior...isso já foi comprovado cientificamente!!! O mundo será sempre dominado pelos fracos, que com seu poder de sedução, que se encontra em sua suposta fragiliadade (ignorância)assola qualquer oportunidade de progresso!!!Porque quando se pensa se sofre, se destrói para se reconstruir e isso dá muito trabalho, melhor assistir o carnaval pela televisão sentado em um sofá quase confortável...E assim continuamos em uma batalha sem nomes e talentos...apenas anonimos que pensam!!!
ResponderExcluir"O intelecto não é uma grandeza extensiva, mas intensiva: sendo assim, um único indivíduo pode tranqüilamente opor-se a dez mil, e uma assembléia de mil imbecis não faz um único homem inteligente.” (Schopenhauer)
ResponderExcluirFeliz ou infelizmente nosso amigo Schop tem razão, mas a idéia tão antiga e erroneamente conservada de que a maioria decide ignora completamente isso, anulando grande parte das decisões político-sociais inteligentes.
É isso aí...