quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Marmotagem – Um brinde à Saúde!!!


Olá prezados leitores do VdU, hoje é dia de eu lhes deixar com dor de cabeça de tanta abobrinha que falo, é dia de mais marmotagem (vulgo quinta-feira).

É pessoal, não sei por que, mas comecei a pensar nesse assunto de repente e quando me deparei com a atual situação achei melhor conversar com vocês sobre isso (uma brilhante decisão). A saúde. Talvez o fato de ultimamente eu não ter dado a devida atenção à mesma tenha gerado esta disposição para escrever sobre a ela (ou não).

Tem gente que não se cuida nunca, tem outros que em época de provas se alimentam mal, não dormem direito e acabam por passar mal (embora eu não conheça quem tenha passado mal por não dormir). Existem também, como em todo caso, os obcecados, esses que morrem de medo de qualquer coisa e por vezes até parecem estar procurando por doenças (e cheiram a álcool 70%).

Como é do meu feitio, eu tento manter o meio termo. Muitos acreditam que o meio termo em se tratando de saúde é uma medida insatisfatória. Bom, eu diria que eles estão mais próximos dos obcecados do que eu (ou eu mais próximo dos suicidas...).

Enfim, cuidar do corpo é importante, mas não vejo a mesma importância que muita gente por aí vê. É claro que não vou deixar também que estrague de vez só porque priorizo a mente e o espírito (que mesmo priorizando eu não cuido tanto assim), até porque sem o corpo minha mente e meu espírito não teriam onde morar. (Ou eu poderia virar um fantasma que possui pessoas e... Tá parei) O fato é que não vou encarar maratonas com exercícios infinitos (sim, sou sedentário), não vou comer mais do que eu quero e nem menos, não vou procurar remédio para qualquer coisinha e nem ir ao médico por esses motivos, mas se algo for fazer com que eu morra, nesse caso irei me cuidar (se der tempo). Entretanto, em hipótese alguma acho errado quem se cuide, seria bem anormal se pensasse assim, mas é algo que não desejo para mim. Só isso (trampo demais).

É bom também cuidar da saúde mental, não que essa esteja totalmente desvinculada ao nosso corpo, mas certas coisas muitas vezes não são levadas a sério. Na verdade não eram (é, o tempo passa). Hoje já são mais aceitas, como por exemplo o estresse e a depressão. No dia-a-dia em que vivemos, passar perto desses “probleminhas” é inevitável (afinal quem não tem frustração ao menos uma vez por dia?), mas por outro lado, intuitivamente todos nós, muitas vezes, sabemos lidar com isso quando constatados logo no começo (BEBER COM A GALERA!!!). E para quando não soubermos, sempre existe auxilio profissional.

Bom, eu sei lá o que eu tentei dizer hoje com isso, mas seja lá o que você entendeu se ruim, por favor, esqueça e se bom, por favor, repasse para quem você conheça com a sua interpretação (incluindo o blog, pode ser um comentariozinho, eu não ligo...).

Por hoje é só, uma maravilhosa semana pra vocês...

...aquele abraço...

...Marmota!


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Parte IV – Calor (b)


Deu uma olhada em volta e notou que apenas os irmãos haviam visto. Levou os talheres até a pia e molhou para que voltassem ao normal. No caminho, pegou outros talheres a fim de conferir se era por causa dele que ficaram daquele jeito, e nesse tempo não ficaram. Ficou pensativo, mas decidiu conferir isso depois. Optou por aproveitar o churrasco até que decidissem ir para o tal parque aquático, quando teria que colocar toda sua capacidade de improvisação e criatividade a prova.
Até o fim da tarde não saíram daquele lugar, ele e a garota conversando sobre todo tipo de assunto, parecendo mesmo se entender. Mesmo no calor que fazia e o rapaz vestido de preto e como estava, além de estar sentado ao lado da churrasqueira, não sentia calor, enquanto a garota falava do calor o tempo todo. Quando já havia escurecido um pouco a garota toca no assunto:
- Leo, olha aqui, acho que o pessoal já ta indo pro parque, a noite é só nossa lá hoje. Você vai como? – Um pouco zonza devido às bebidas da tarde toda a garota convidou às risadas.
- Com o carro do seu Sérgio. O Thomas me emprestou. Você vai no carro com a gente? – Levantando-se e ajudando a garota a se levantar.
- Claro. Dirigir é que eu não vou nessa situação né! – Caiu na risada sendo sustentada pelo rapaz.
Caminharam juntos até fora do quintal da casa rumo ao carro, encontrando-se com Thomas e as outras duas amigas no caminho, indo todos juntos até o carro.
- Sara... Sara... Sara você vai na frente... vai na frente tá... – Dizia, entre os soluços, Thomas, após passar um pouco de seu limite, referindo-se à garota que acompanhava seu amigo, enquanto era carregado pelas outras duas garotas.
- Tá bem, tá bem, entrem aí pessoal. – Orientou o garoto, enquanto desarmava o alarme do fusion preto estacionado há poucos metros deles.
Ligou o carro e abriu o capô. Todos estavam esperando ansiosos dentro do carro quando ele saiu deixando a porta aberta. Deu a volta e foi até a frente do carro terminando de abrir. Pensou um pouco e olhou para os lados para conferir se ninguém estaria olhando. Colocou a mão no motor e deixou por um tempo. Não sentiu dor alguma. Sentia o calor extremo, mas aquilo não o machucava. Novamente pensativo, fechou o capô e voltou para o carro. Ligou o som e finalmente partiu para o parque aquático, animando o pessoal com a música que todos gostavam. Distraindo eles, o rapaz teria tempo para refletir.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Marmotagem - VdU, Marmota em que posso ajudar?


Olá caros leitores, hoje irei (tentar) tratar de um assunto que aflige uma considerável parcela dos universitários. Mais precisamente aqueles que não possuem tranqüilidade financeira (como eu). O tal do emprego.

O emprego alguns de nós precisamos e hora ou outro teremos, e este abrange basicamente dois termos: Trabalho e Remuneração, nos quais o primeiro nós inevitavelmente temos, com ou sem o emprego e o segundo nós desejamos, na maioria das vezes sem a presença do primeiro.

Historicamente a palavra trabalho já carrega um significado considerável, onde civilizações antigas faziam uma festa ao termino dos dolorosos dias de colheita, e logo na “entrada” dessa festa colocavam o principal instrumento, o tripalium, uma ferramenta que era usada para colher, esfiapar e whatever o trigo e o milho, por exemplo. Com o passar do tempo o tripalium foi transformado em instrumento de tortura (quanta criatividade não?), inclusive, é popularmente conhecido por isso apenas (bando de sádicos).

Tripalium, traduzindo-se do latim significa “três paus”, o que faz sentido, uma vez que é feito de três paus. O verbo usado para quem utilizava a ferramenta era tripaliare, o mesmo para quem utilizava o instrumento de tortura. Com o passar do tempo, e as adaptações para outros idiomas, o termo chegou ao que conhecemos hoje como trabalho, sem perder, é claro, a carga significativa de labor, esforço e assim por diante.

Levando em conta o que foi dito, parece óbvio o fato de o trabalho ser, por vezes, tão cansativo e haver desânimo, ainda mais quando se trata de um longo período lidando com as mesmas pessoas, as mesmas piadas (isso é um saco), de certa forma uma desagradável rotina, o que pode até fazer com que as festas no fim dos dias de colheita não tenham a mesma graça (sacou a metáfora???).

Entretanto é preciso ter calma. Não há do que se desesperar, mesmo que o desespero seja uma relação que se relaciona com ela mesma entre os termos do eu, do corpo e do espírito tendo ou não consciência do eu... (tá, parei. Efeitos de um trabalho sobre Kierkegaard). Existem várias formas de se evitar este possível desânimo e a principal é o motivo pelo qual todos enfrentamos a faculdade, trabalharmos com o que gostamos. Considerem também o seguinte, o trabalho enquanto não for com o que você gosta é um mero meio de aquisição de renda (não muito eficaz em alguns casos), logo não cabe a ele estresse ou desânimo algum. Lembrem-se da parte boa da universidade nessas horas (aulas até o últimos segundo, provas, trabalhos, projetos, ironia...), contem com amigos, façam histórias, riam delas (ou não).

Meu conselho é sempre procurar a tranqüilidade, mas o mais importante é não seguir conselhos, ajam por si só (isso não faz o menor sentido). Enfim, se por um acaso um emprego estiver atrapalhando outros seguimentos da sua vida, saiba que este emprego é tão substituível para você como você para ele, mas cada um deve respeitar acima de tudo as próprias prioridades (ficou com uma fonética legal isso aqui).

Tocaremos mais vezes neste assunto mais adiante com certeza, mas por hoje é só, espero que tenha sido útil em alguma coisa (ou não).

Pessoal, tenham uma maravilhosa semana...

...aquele abraço...

...Marmota.


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Parte IV – Calor (a)


Chegaram, ao churrasco, a casa lilás de Thomas era grande, ficava no fundo de uma data extensa. Na frente da casa, uma grande área coberta já repleta de mesas e à direita a grande churrasqueira. Em frente à parte coberta um comprido quintal gramado com três coqueiros à esquerda e à direita, em frente aos coqueiros, a piscina olímpica, sendo usada no momento para biribol. Tinha muitas pessoas. Muitas, inclusive, que o rapaz conhecia, o que era raro.
Não demorou até que encontrasse as garotas nas quais seriam o principal motivo para o programa. Sentado em uma cadeira de plástico próxima à churrasqueira e encostada na parede da casa, de frente com parte da piscina, fitou uma garota em especial. A que, para o rapaz, era de fato muito especial. Logo a garota de corpo escultural, ainda mais atraente usando um biquíni laranja, percebeu os olhares dele e decidiu sair da piscina para conversar um pouco. Seu rosto tinha traços orientais, lábios carnudos, olhos negros e seu cabelo, embora liso, tinha um corte estranho todo repicado com mexas de diversas cores.
Mal a garota se aproximou dele já puxou uma cadeira ao seu lado se levantando para cumprimentá-la.
- Nossa. Que saúde. – Lisonjeou a garota enquanto a cumprimentava com um beijo no rosto e um abraço.
- Ai seu chato. – Sorriu ficando vermelha de vergonha sentando-se sem tirar os olhos do rapaz. – E então, o Tom me disse que você não viria, fiquei até preocupada, você insistiu tanto pra que eu viesse, o que houve? – Indagou esboçando um sorriso.
- Ainda bem que veio, sabe que é o principal motivo pra eu estar aqui não sabe? – Desconversou com uma pergunta enquanto se levantou. – Quer uma cerveja ou refrigerante? – Ainda sem tirar os olhos da garota ajeitou os cabelos para trás.
- Uma água só. – Respondeu abaixando a cabeça sem tirar o sorriso do rosto. – Ah, aproveita e pega alguma coisa pra gente beliscar! – Sugeriu erguendo a cabeça com o sorriso um pouco mais suave.
O rapaz trouxe a água para a garota sem tirar da cabeça a ironia do destino e foi direto para a mesa em frente à churrasqueira cortar algum pedaço de carne que já estivesse pronto para eles. Sem olhar, pegou os talheres mais próximos e começou a cortar alguns pedaços de carne que seu amigo estava retirando da grelha. Segundos depois percebeu a cara de espanto dos dois irmãos Sven que estavam à sua frente. Silvio era mais novo que os demais, menor também, bastante robusto, o rosto arredondado, cabelos negros bastante enrolados, olhos amendoados e pele negra. Estava vestido com uma regata branca e de bermuda florida. Seu irmão Lúcio, bem diferente, era alto, atlético, tinha o rosto quadrado, olhos azuis, cabelos loiros cacheados e pele alva. Ambos estavam boquiabertos olhando para o rapaz que cortava carne.
Um pouco preocupado, olhou para a tábua de carne e, enfim, percebeu o porquê do espanto. Os talheres estavam vermelhos, escaldantes e ele não havia notado. Não sabia se ele havia os deixado desse jeito ou se apenas não havia percebido que pegou talheres aquecidos por sacanagem, o que lhe parecia mais provável vindo daqueles irmãos.